Projeto de Aprendizagem: o professor é
orientador. O aluno constrói o conhecimento de forma colaborativa. Cabe ao professor
esclarecer os pontos de acordo ou divergentes. O papel do professor é ser
mediador, facilitando o conhecimento e do aluno é o de protagonista. Na
proposta de aprendizagem por projetos é essencial que a curiosidade do aluno,
suas dúvidas, suas questões decidam o assunto a ser pesquisado pois neste caso
os conteúdos não serão impostos pelo professor, mas buscados pelo estudante
pois a motivação para aprender é intrínseca ao indivíduo, depende de seu desejo
de conhecer, de sua necessidade de saber. (Fagundes et al, 2005b, p. 45)
Projeto de ensino: O professor é o
mentor das atividades, o aluno é o receptor desses conhecimentos. O professor
possui todo o conhecimento necessário é ele quem o transmite. Segundo Fagundes
(2005a) no ensino por projetos tudo parte das decisões do professor, e a ele,
ao seu controle, deverá retornar. Como se o professor pudesse dispor de um
conhecimento único e verdadeiro para ser transmitido ao estudante e só a ele
coubesse decidir o que, como e com que qualidade deverá ser aprendido. Não se
dá oportunidade ao aluno para qualquer escolha. Não lhe cabe tomar decisões.
Espera-se sua total submissão a regras impostas. (Fagundes et al, 2005a, p. 15)
Currículo
A palavra currículo, originada do latim curriculum, significa
“corrida” ou “pista de corrida”, o que permitiu o entendimento de currículo
escolar como sendo um percurso a ser cumprido pelo estudante, percurso esse
preestabelecido pela escola para ser não somente “percorrido”, mas também
“cumprido”.
Por outro lado, hoje em dia, uma ideia muito disseminada é a de que cada
aluno constrói, em seu percurso escolar, o seu próprio currículo, fruto da
interação das suas experiências pessoais e socioculturais com as proporcionadas
pelo ambiente escolar.
Assim, a concepção “tecnicista” de
currículo está ligada às preocupações com o aspecto econômico da educação. Dentro dessa concepção, os
currículos escolares devem ser estabelecidos tendo, como norte, a “eficiência”,
e, como referência, o mercado de trabalho.
Já a concepção dita “crítica”, por outro lado, estabelece a educação não como
investimento, mas como um “direito”. Enfatiza-se o seu lado humano, visando à
fruição dos bens materiais e culturais produzidos pela sociedade. Sobretudo,
objetiva-se a formação de cidadãos críticos que possam atuar na sociedade de
modo a transformá-la e a torná-la mais digna e mais justa.
E por último, a terceira concepção a que nos referimos, a “pós-moderna”, sofre a influência direta de
ideias que passam a vicejar nas Ciências Sociais e ganha força nos meios
educacionais a partir dos anos 1980. O “pós-modernismo” ou “pós-estruturalismo”
vem acrescentar ao campo das discussões e das pesquisas sociais a noção de
“fragmentos sociais”, constituição
perpassa as diferentes classes sociais. É com o pós-modernismo (ou pós-estruturalismo) que
são trazidas à baila as questões de gênero, etnia, religião, entre outros.
Em uma tentativa de garantir certa unidade aos currículos escolares em todo
o território nacional, o governo, por intermédio de seus órgãos competentes –
MEC, CNE, Secretarias de Educação de estados e municípios – estabelece
diretrizes e parâmetros curriculares que devem ser levados em consideração
pelas escolas.
Portanto, o currículo trabalha tanto com o conhecimento organizado,
sistematizado, aceito socialmente e selecionado em estruturas previamente
concebidas como do conhecimento que o aluno traz de seu contexto, da vida, mas
que não se limita ao conhecimento cotidiano. Logo, o currículo não é apenas uma
lista de conteúdos prontos a serem transmitidos aos alunos e não se esgota na
aplicação do conhecimento a experiências do cotidiano.
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